É bem conhecido que o desuso muscular resulta em atrofia. Esse tipo de atrofia muscular pode ser decorrente de períodos de confinamento prologado ao leito, imobilização de um membro, sedentarismo ou redução da carga de um músculo (como a ocorre durante voos espaciais). Do ponto de vista prático, a atrofia devida ao desuso resulta numa perda de força muscular proporcional ao grau da atrofia.
Pesquisas mostraram que durante os primeiros dias de desuso muscular, a maior parte dessa atrofia inicial ocorre em decorrência de uma redução da síntese de proteínas musculares. Após esse período inicial de atrofia, a atrofia subsequente ocorre principalmente por causa do aumento da degradação de proteínas musculares. Portanto, a atrofia muscular resultante do desuso muscular prolongado ocorre tanto por causa de uma redução da síntese protéica quanto de um aumento da velocidade de degradação das proteínas musculares.
Embora a atrofia muscular acarrete uma perda de massa e de força muscular, essa perda não é permanente e pode ser revertida pelo retorno da utilização normal do músculo. Um meio rápido e eficaz para se restaurar o tamanho e a função normais do músculo após um período de desuso é iniciar um programa de treinamento físico de resistência. O treinamento de resistência provê um estímulo de sobrecarga ao músculo e promove um aumento da síntese protéica que resulta em hipertrofia e aumento de força muscular.
Referências:
SCOTT K. POWERS, EDWARDS T. HOWLEY. Fisiologia do Exercício: Teoria e aplicação ao Condicionamento e ao Desempenho. 5 Ed. Barueri – SP – Brasil: Manole Ltda, 2000.
0 comentários:
Postar um comentário